A Condenação de Sócrates em 399 a.C. e o Marco da Filosofia Ocidental
- Sidney Klock
- 23 de nov.
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Em 399 a.C., Atenas reuniu seus cidadãos para decidir o destino de Sócrates. A cidade, que havia sido palco de debates públicos e experimentos democráticos, assistiu à acusação de um filósofo que preferia fazer perguntas a oferecer respostas prontas. Seu método, baseado no diálogo e na investigação contínua, tornou-se parte do cotidiano da pólis.

O encontro entre filosofia e acusação
Sócrates foi acusado de corromper a juventude e de não reconhecer plenamente os deuses da cidade. No tribunal, defendeu-se sem retórica grandiosa, afirmando que sua prática era uma forma de examinar a virtude e convidar outros a refletir. Os relatos de Platão mostram uma figura que via o questionamento como caminho para uma vida mais consciente.
A escolha que definiu seu legado
Condenado à morte, Sócrates poderia ter optado pelo exílio. Preferiu permanecer em Atenas e cumprir a sentença, convencido de que abandonar sua cidade seria negar o diálogo que sempre cultivara. Bebeu a cicuta em companhia de seus discípulos, gesto que foi interpretado ao longo dos séculos como fidelidade ao exame constante da existência.
A permanência de uma vida dedicada ao pensamento
A morte do filósofo tornou-se símbolo de responsabilidade intelectual. A influência de Sócrates atravessou séculos e orientou diferentes tradições filosóficas, desde Platão até correntes modernas. Seu nome permanece associado à ideia de que compreender a si mesmo e ao mundo é tarefa que exige paciência e coragem.
Curiosidade
Tudo o que sabemos sobre Sócrates vem de outros autores. Platão, Xenofonte e algumas referências de Aristófanes compõem o mosaico que reconstruímos sobre seu modo de viver e pensar.
Referências
• Platão – Apologia de Sócrates
• Xenofonte – Memoráveis
• Stanford Encyclopedia of Philosophy – “Socrates”
• Waterfield, Robin – Why Socrates Died
• Instituto de Filosofia da Universidade de Londres – Estudos sobre o julgamento



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