Romeu e Julieta e o Surgimento de uma Tragédia que Atravessa Séculos
- Sidney Klock
- 23 de nov.
- 2 min de leitura
Por volta de 1595, quando Londres fervilhava com casas de espetáculo e companhias teatrais, uma nova peça começou a circular entre atores e espectadores. “Romeu e Julieta” surgia ali, ainda sem a forma definitiva que o tempo lhe daria, como relato de dois jovens divididos por antigas rivalidades.

O amor que cresce entre muros e sombras
Shakespeare compôs a narrativa com ritmo que oscila entre encontro e perda, criando um espaço onde o amor nasce de maneira inesperada, quase como um gesto que desafia o ambiente que o cerca. O distanciamento entre Montéquios e Capuletos torna cada aproximação dos protagonistas um movimento contra a própria cidade de Verona, como se cada palavra dita escapasse por frestas estreitas.
O destino como linha silenciosa que conduz a trama
A peça revela personagens que tentam orientar o próprio futuro, mas encontram circunstâncias que se entrelaçam com força maior. A pressa, o segredo e as decisões tomadas às margens da noite conduzem Romeu e Julieta para um desfecho que parece guiado por fios invisíveis, lembrando que há momentos em que a escolha humana se cruza com rotas imprevistas.
O impacto literário que não se dissolveu com o tempo
Desde suas primeiras encenações, a tragédia se espalhou por palcos da Europa e do mundo. Cada adaptação, cada tradução e cada leitura renovam a vitalidade do texto. A dualidade entre desejo e limite, juventude e perda, transforma a obra em espelho para diferentes épocas, preservando sua força dramática ao longo de mais de quatro séculos.
Curiosidade
O texto de “Romeu e Julieta” sobrevive em versões distintas. O chamado First Quarto de 1597 é considerado uma edição “curta e imperfeita”, enquanto o Second Quarto de 1599 apresenta uma versão mais completa e próxima da que se conhece hoje.
Referências
• Shakespeare Birthplace Trust – “Romeo and Juliet”
• Folger Shakespeare Library – “Romeo and Juliet”
• Encyclopedia Britannica – “Romeo and Juliet”
• Edição crítica Arden Shakespeare



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