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A construção da Bastilha

  • Foto do escritor: Sidney Klock
    Sidney Klock
  • 17 de fev.
  • 2 min de leitura

Em 1370, Paris buscava proteger seus limites orientais em meio às incertezas da Guerra dos Cem Anos. Sob a orientação do rei Carlos V, iniciou-se a construção de uma fortaleza destinada a controlar acessos estratégicos e fortalecer as defesas da cidade. Erguida com torres maciças e muralhas espessas, a Bastilha surgia como presença militar, marcando um dos pontos mais vulneráveis da capital francesa.


Representação artística da Bastilha em Paris durante a Idade Média.
Arte: SK

Da defesa ao papel de prisão estatal


Com o passar dos séculos, a função da Bastilha se transformou. A fortaleza, antes voltada à proteção das fronteiras urbanas, passou a abrigar presos do Estado. Nobres, escritores e acusados de delitos políticos encontraram ali um espaço de confinamento. A imagem da prisão foi sendo moldada tanto pela arquitetura severa quanto pelos relatos de quem ali esteve. Textos como os de Voltaire contribuíram para consolidar a noção de que a Bastilha simbolizava o controle rígido exercido pela monarquia.


O dia em que as muralhas caíram


Em 14 de julho de 1789, um grupo de parisienses tomou a fortaleza. O episódio, embora envolvesse poucos prisioneiros, adquiriu valor emblemático ao representar a ruptura entre povo e poder real. A queda da Bastilha tornou-se um marco inicial da Revolução Francesa e marcou o destino do edifício. Logo após o evento, suas pedras foram removidas, catalogadas e, em muitos casos, distribuídas como lembranças de um momento que inaugurava novas formas de organização política.


A presença que persiste sem paredes


A Bastilha não existe mais como construção física, mas sua história permanece gravada na cidade. No local onde se erguiam torres e muralhas, encontra-se hoje a Praça da Bastilha. A Coluna de Julho, instalada no século XIX, recorda transformações posteriores, enquanto vestígios da antiga fortaleza continuam espalhados por Paris. Alguns desses blocos integram a Ponte de la Concorde, estabelecendo um elo material entre passado e presente.


Curiosidade


Uma parte significativa das pedras removidas da Bastilha foi reutilizada na construção da Ponte de la Concorde, permitindo que fragmentos da antiga fortaleza continuem inseridos na vida cotidiana da cidade.


Referências


• Musée Carnavalet – História da Bastilha

• Encyclopaedia Britannica – Bastille

• Biblioteca Nacional da França – Arquivos da Bastilha

• French Revolution Digital Archive, Stanford University

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