A Terceira Cruzada e a Jornada de 1189 que Redesenhou o Mundo Medieval
- Sidney Klock
- 23 de nov.
- 2 min de leitura
Em 1189, após a notícia da tomada de Jerusalém por Saladino, reis europeus iniciaram preparativos para uma nova cruzada. Filipe II da França e Ricardo Coração de Leão deixaram seus reinos e partiram para o Mediterrâneo, unindo ambição política, dever religioso e expectativas que se espalhavam entre nobres e peregrinos.

Lideranças que carregavam estratégias distintas
Ricardo I, conhecido por sua habilidade militar, tornou-se figura central da campanha. Filipe II, mais ligado ao cálculo político, buscava reafirmar sua autoridade na Europa enquanto apoiava o esforço cruzado. O encontro entre ambos criou alianças e tensões, como se cada decisão fosse guiada por interesses que nem sempre convergiam.
Acre e os desdobramentos da campanha
O cerco de Acre tornou-se o episódio mais emblemático da cruzada. Meses de enfrentamento definiram o avanço cristão e revelaram a complexidade da logística envolvida. Após sua queda, Filipe retornou à França, deixando Ricardo à frente da expedição. Essa liderança solitária moldou o restante da campanha, marcada por negociações e avanços táticos, mas sem a conquista final de Jerusalém.
O tratado que encerrou uma jornada de anos
Em 1192, Ricardo e Saladino firmaram um acordo que permitiu a peregrinação cristã à Terra Santa, preservando o domínio muçulmano sobre a cidade. O desfecho não trouxe o resultado inicialmente almejado, mas abriu espaço para um entendimento que, em certa medida, encerrou o ciclo imediato de confrontos.
Curiosidade
O brasão com três leões, associado a Ricardo I, difundiu-se amplamente durante a cruzada e permanece um dos símbolos heráldicos mais reconhecidos da Inglaterra.
Referências
• Tyerman, Christopher – God’s War: A New History of the Crusades
• Phillips, Jonathan – The Third Crusade
• BBC History Extra – “The Third Crusade Explained”
• Registros medievais das crônicas de Itinerarium Peregrinorum



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