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O céu de Lisboa, em 4 de março de 1493, testemunhou o retorno de um homem que mudaria para sempre os rumos da História. Cristóvão Colombo, exausto e tomado por um misto de triunfo e urgência, regressava de sua primeira viagem às Américas. Carregava consigo não apenas cartas e artefatos, mas a promessa de terras vastas, férteis e misteriosas, onde o ouro e os habitantes exóticos sugeriam um mundo de riquezas e oportunidades. O porto fervilhava com a notícia, e rumores se espal

Explore a obra de Luís Fernando Veríssimo e descubra como o cronista transformou o cotidiano brasileiro em literatura de humor, crítica e melancolia lúcida.

Em 2 de março de 1969, o ar sobre Toulouse foi rasgado por uma silhueta branca que parecia saída de um futuro distante. Era o Concorde, resultado de uma parceria ousada entre França e Reino Unido. Seu primeiro voo inaugurava um novo capítulo da aviação, não apenas pela tecnologia, mas pelo simbolismo: pela primeira vez, um avião civil rompia a barreira do som como se fosse um gesto natural. O Concorde não apenas voou. Ele anunciou ao mundo que o céu, afinal, podia ser redesen

Havia um promontório onde a água contornava a pedra e onde a neblina da manhã se espalhava sobre a Guanabara. Foi ali que Estácio de Sá ergueu o sinal da presença portuguesa em 1º de março de 1565, escolhendo o encontro entre rochedos e marés como ponto de fundação. O lugar não surgia do vazio, mas de camadas humanas que já habitavam a região, marcadas por alianças, disputas e caminhos que se cruzavam muito antes de qualquer cidade. Arte: SK A presença francesa e a formação d

Em 1612, velas francesas avançaram sobre as águas do Maranhão, trazendo a promessa de uma nova colônia erguida no coração da floresta tropical. Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, desembarcou com sua comitiva e iniciou a construção de um forte às margens do mar. Deu ao lugar o nome São Luís, homenagem ao rei da França, como se aquela terra distante pudesse acolher um fragmento europeu sob o sol equatorial. O projeto da França Equinocial, porém, carregava em si a pre

Em março de 1500, dezoito embarcações deixaram Lisboa em direção ao vasto Atlântico. A rota, traçada para alcançar as Índias, seguia a lógica dos ventos e das grandes navegações do período. Pedro Álvares Cabral comandava a frota, guiando-se por correntes já conhecidas e por mares que se abriam pouco a pouco aos olhos europeus. Durante a travessia, ventos constantes empurraram as velas rumo ao oeste, até que, na manhã de 22 de abril, uma faixa de terra surgiu no horizonte, com